Colicas do recém-nascido


Ouvi falar algumas vezes das cólicas do bebê antes de a Maria Júlia nascer, até li sobre o assunto, mas sinceramente, não dei muita importância, porque não pensei que fosse acontecer conosco. Me enganei!

De fato, dizem que nem todos os bebês têm cólica. Tenho algumas amigas que escaparam em um seleto e felizardo grupo que não sofreu esse pequeno drama.

As cólicas começam por volta de 10 ou 15 dias de vida do bebê até seus 3 meses.

Podem durar menos ou mais tempo. Caracteriza-se por crises de choro do bebê que normalmente se repetem todos os dias, no mesmo horário, mais comum no final da tarde / início da noite.

E assim foi comigo e com a Maria Júlia. Por volta de seus 20 dias, muito choro a partir das 18h00, que as vezes seguia até 22h ou 23h. Demorei 2 semanas para identificar o problema. Achava que era sono. Batizamos os episódios de “show da noite”. Pura ignorância da minha parte. Quando comentei com a médica, explicando os horários, ela disse sem rodeios: “cólica”!

A Maria Júlia chorava sem parar. Nada adiantava. Colo, peito, posição alguma, chupeta. Era um choro forte, que me matava a cada dia.

Explica a medicina que as cólicas acontecem, pois o sistema digestivo do bebê está em fase de adaptação com a nova vida, fora do ventre da mãe. Os movimentos digestivos ainda não são tão eficientes, os bebês ainda não sabem como eliminar os gases, então as cólicas aparecem.

Conselhos: sei na pele que é muito difícil, mas é preciso manter a calma. Quanto mais calma a mamãe estiver, mais segurança pode passar para o bebê. Eu, por exemplo, chorava diariamente junto com a Maria Júlia. O Joerley não sabia se me socorria, ou se socorria a pequena. O apoio dele foi fundamental pra mim, já que eu estava sem forças!

Nossa médica nos passou algumas gotinhas homeopáticas para uso diário durante essa fase (chamomilla e colocynthis), além de funchicórea para os momentos de dor (um pozinho bendito que colocávamos na chupeta – vendido na farmácia). Intercalávamos com flagass baby (1 gota por Kg) ou tylenol gotas 200 mg (1 gota por Kg) dependendo da intensidade. Além disso, massagens e pano quente na barriguinha do bebê auxiliam na diminuição da dor.

Nessa fase, também trocamos o leite NAN Pró para o leite de soja (Aptamil 1), mais tolerado e facilmente digerido pelo bebê.

Para nossa alegria, ao completar 2 meses, as cólicas desapareceram! Começamos então a ter uma rotina mais normal, sem aquele sofrimento diário.

É uma fase delicada e até um pouco frustrante. Lembro-me que quando a tarde se aproximava, eu começava a ficar tensa e triste, porque sabia o que havia de vir. Mas, assim como tudo nessa vida, as cólicas também passam! Ah, passam! Enquanto estamos vivendo a fase, parece que não vai acabar nunca!

É preciso manter a calma! Nós mães sofremos junto; sentimos a dor de ver nosso filho aos berros diariamente, e a sensação de impotência é inevitável. Quantas vezes pedi a Deus que aquela dor fosse minha!

Mas... passou!

IMPORTANTE

Não utilize nenhuma medicação sem orientação médica pessoal em consulta. Estou apenas compartilhando nosso procedimento.