Para discutir esse assunto, solicitei relatos de amigas-mães que viveram essa experiência, já que ainda não passei por isso!
Como é deixar o bebê e voltar a trabalhar? E os medos, saudade, separação, tristeza e insegurança? Meu filho vai ficar bem? E eu? São nossas maiores dúvidas e aflições...
Seguem alguns relatos...
"É como se estivesse faltando um pedaço de mim. E quando chegou em casa, a sensação é de uma alegria fora do normal".
Daiane Borges, mãe de Beatriz
"Não queria voltar, queria ser demitida. Chorei nos primeiros dias e ligava toda hora em casa para saber como estava a Mariana. Minha boss conversou comigo, me deu toda liberdade de ir para casa quando eu quisesse, permitiu minha ausência do escritório sempre que necessário. O apoio dela foi fundamental para eu segurar a barra. Pouco tempo depois fui promovida. Fora isso eu ficava mais calma e tranquila por saber que minha mãe estava com minha filha. Não é fácil ficar longe da Mariana, mas quando chego em casa dedico todo meu tempo para ela. É muito bom chegar em casa e ser recebida com sorisos e alegria!!!"
Carina Tamara, 29 anos, mãe de Mariana
“A decisão de voltar ou não ao trabalho é muito difícil. Enquanto temos o bebê na barriga dizia que a possibilidade de deixar de trabalhar era incogitável!!! Mas a partir do momento em que temos aquele ser tão pequenino, indefeso e amado nos braços, nos sentimos fragilizadas e o extinto materno se sobrepõe a todos os outros objetivos profissionais. Eu, particularmente confesso que senti vontade de não voltar e desenvolver somente uma profissão: “Mãe”, mas a necessidade não me permitiu tal decisão e voltei. A Júlia tinha somente 3 ½ meses e foi muito sofrido nos primeiros meses, acho que mais pra mim do que pra ela. Hoje não me arrependo por tal decisão, no próximo dia 06 ela completará 03 anos, é uma criança super ativa e independente e com meu trabalho posso proporcionar a ela muito mais oportunidade de aprendizado, cultura, diversão, etc.”
Gisele Vitte, 30 anos, mãe de Júlia
Gisele Vitte, 30 anos, mãe de Júlia
“A volta ao trabalho se resume em separação.Imagina carregar um bebê nove meses dentro de você, claro, ele trabalha também com a gente, depois 05 meses de intensidade nos cuidados, carinho, atenção, aquele cheirinho maravilhoso de bebê. Os dias que antecedem o retorno ao trabalho já são apreensivos, mas quando chega o dia MEU DEUS! Que desespero!! Sair de casa sem aquela coisinha que é o motivo de você viver, é DESESPERADOR. Todos te cumprimentam no trabalho, todos sempre muito receptivos, mas a primeira pergunta: E O BEBÊ? ESTÁ COM QUEM? COMO VOCÊ ESTÁ? Se soubessem como nosso coração está em frangalhos. Os olhos enchem de lágrimas e somos obrigadas desconversar. A primeira semana é muito difícil, mas depois acaba voltando à rotina, se acostuma e a rotina volta ao normal.”
Andressa Tafner, 30 anos, mãe de Ingrid e Mariana
“Sem dúvida o retorno ao trabalho é um tanto quanto assustador... Pois algumas inseguranças aparecem neste período, e para mim a maior delas é a preocupação de onde e com quem nosso bebê irá ficar! Então, nesta fase é imprescindível que a mamãe tenha uma escola de total confiança ou um familiar para cuidar do bebê como é necessário. No meu caso, graças a Deus, tive minha mãe para me dar toda segurança necessária!”
Miriam Godoi, 37 anos, mãe de Stephanie e Fernanda
"Acho que as ansiedades e os medos nos acompanham por anos após o retorno ao trabalho...Aliás, enquanto estamos vivas, mesmo quando os filhos crescem: filhos pequenos, pequenos problemas. Filhos grandes, maiores os problemas...."
Palmira Lalli, mãe de Andrea, Beatriz e Dani.