Tanta coisa pra fazer!


Lembra de uma constatação que diz que, quanto mais ocupada uma pessoa é, mais conta ela dá de novas tarefas? Pois é, comigo tem sido assim!

Quando engravidei, parei de trabalhar (fora!), porque em casa, trabalhamos mais ainda! Tinha em mente curtir uma gravidez tranqüila, ficando em casa, passeando quando tivesse vontade e descansando!
Ok, estava enganada!

Como abri mão de recurso financeiro, passei a fazer todas as tarefas em casa, que não são poucas.

Quem me conhecia dizia: “você não vai conseguir ficar em casa”. Mas me adaptei super bem e gostei bastante da nova rotina. Talvez por ainda não tê-la curtido desde que me casei!

Minha avó diz que serviço de casa é serviço de louco! Nunca acaba! Você faz, faz, faz e tem sempre o que fazer. Quando termina tudo, começa de novo!
Aliando as tarefas domésticas com a chegada da Maria Júlia, não tinha mais tempo nem pra respirar!

Era engraçado... quantas vezes vivi a situação de não conseguir ir ao banheiro! Quando tomava banho então, sempre muito rápido, ficava com um olho no carrinho e outro no chuveiro! Lavar os cabelos era tarefa complicada, porque estava frio e não dava tempo de secar! Comer.... ah, comer. Ou a comida estava quente demais, ou fria.... tantas vezes almocei rapidinho na pia da cozinha... de pé! Confesso, envergonhada, que algumas vezes pulava a escovação de dentes entre uma refeição e outra. Manicure? Nunca mais! O Jô brincava comigo o tempo todo! “pra quem ia à manicure toda semana....”

E ainda ouvi uma pessoa me dizer: “mas que tanto você corre? Você não faz nada, só toma conta da Maria Júlia...”
RRRRRRRR – que raiva!
De fato, quem vê de fora, tem sempre uma história para se comparar... que no tempo das avós, elas acabavam de parir e logo iam puxar água do poço e carregavam a lata na cabeça, lavavam roupas na mão, fraldas de pano, trabalho na roça, tudo muito diferente das regalias de hoje em dia.
Depois de vários meses consegui ir ao mercado novamente! Parecia um sonho ir ao mercado! Me arrumar bonitinha, combinar roupas, maquiagem e cabelo se transformou em “eventos especiais”.
Parecia que nunca mais conseguiria ter um tempo pra mim.

Fico feliz porque pelo menos o poeta reconheceu que “Amélia é que era mulher de verdade”! Se as mulheres ganhassem, tivessem seus direitos e reconhecimento devido por todas as tarefas desempenhadas, estaríamos com certeza no topo da pirâmide!
Mas essa correria toda vai passando... aos poucos, começamos a sair de casa, passear com o bebê, a rotina do soninho deles vai se adequando e tudo vai se encaixando no nosso novo estilo de vida como mãe!
Hoje, só sei dizer que não consigo imaginar minha vida sem a Maria Júlia! Parece que antes dela nada aconteceu!
Sou apaixonada pela vida de dona de casa! Mesmo às vezes acordando bem cedo para passar, adiantar almoço, dar uma ordem na casa, sinto uma alegria tremenda!! É sinal que tenho uma casa, uma família linda, todos nós nos vestimos, por isso tanta roupa pra lavar e passar!

Agradeço muito a Deus por me dar essa oportunidade especial de ser mãe, esposa e dona de casa. Mesmo com tantas coisas pra fazer diariamente, consigo ver a bênção de Deus nos detalhes.
Desenvolvemos habilidades ímpares, como por exemplo, fazer 1 milhão de coisas ao mesmo tempo! Como tenho crescido com essas tarefas e responsabilidades. Detalhe: ao longo desse texto fui interrompida diversas vezes pela pequena puxando o mouse, telefone tocando, hora do suco e assim vai!

Mulheres, mães, donas de casa: parabéns para nós! Principalmente para quem, além de tudo que citei anteriormente, ainda trabalha fora!